Post fixo

O paradoxo da globalização I- André Márcio Neves Soares

A globalização, como paradigma final da humanidade, tinha por fim tornar a sociedade humana uma só, derrubando fronteiras. Esse sonho (talvez o termo mais propício seja devaneio), acalentado especialmente pelas forças mais poderosas do grande capital transnacional, atraiu esforços, nos últimos 50 anos, no sentido de acelerar o processo de mundialização capitalista. De fato, estamos reunidos numa espécie de aldeia global como jamais estivemos antes. Dos confins mais remotos do polo norte às estações de pesquisa e vigilância na parte mais extrema do polo sul não faltam as comunicações de controle e vigilância dos países que operam essas empreitadas. E, no entanto, a sensação que tenho, e que é compartilhada por muitas pessoas que conheço, além de corroborada com as notícias que nos infestam diariamente, é de que o mundo nunca esteve tão dividido. Para ser sincero, salvo a globalização dos mercados financeiros de dinheiro fictício, a realidade do planeta Terra nunca esteve tão calamitosa. Continuar lendo O paradoxo da globalização I- André Márcio Neves Soares

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Post fixo

A Guerra como modelo da dissociação catastrófica do capitalismo – Marildo Mengat

Neste ensaio, o autor pretende examinar o lugar e a função da guerra como uma força destrutiva, na sociedade capitalista. Partindo de uma tese esboçada por Robert Kurz, é examinada a relação entre guerra, dinheiro e sacrifício, como contexto concreto da origem da economia, como uma forma de dominação fetichista. Posteriormente, ele analisa a mudança de lugar da guerra no momento em que o capital começa a andar com seus próprios pés. De uma forma impositiva externa, a guerra transforma-se em instrumento de crescimento e modernização imanente do capitalismo. Na fase madura do capitalismo, a guerra torna-se parte dos mecanismos de financeirização da economia. Defende-se, ao longo do ensaio, que a guerra é um modelo destrutivo que acompanha a constituição e o desenvolvimento das categorias fundamentais do sistema e, por esta razão, deve ser entendida também como modelo do porvir, ou seja, da dessocialização catastrófica no segundo colapso do sistema por hora em curso. Continuar lendo A Guerra como modelo da dissociação catastrófica do capitalismo – Marildo Mengat

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A sociedade autofágica- Resenha de Eleutério Prado

Anselm Jappe é um dos teóricos da corrente de pensamento crítico contemporâneo que se autodenomina de “crítica do valor”, a qual tem como fundadores principais dois pensadores bem conhecidos no Brasil: Moishe Postone e Robert Kurz. Essa linhagem de reflexão que provém de Marx é, entretanto, adversária do que ela própria denomina de “marxismo tradicional”. Em sua visão, este último tronco, assim como os seus vários ramos, nunca quis enfatizar a irracionalidade intrínseca do processo de acumulação de capital. Preferiu, ao contrário, concentrar-se na questão da distribuição dos frutos do progresso que dele resulta. Continuar lendo A sociedade autofágica- Resenha de Eleutério Prado

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